"Este é o dia que o Senhor fez; regozigemo-nos e alegremo-nos nele." Sl. 118:24



segunda-feira, 14 de março de 2011

Nossa Língua Portuguesa

Este ano, na faculdade, tenho a disciplina de Língua Portuguesa que há muito eu não tinha. A professora quer mesmo é que todos escrevam. Tenho que conjugar verbos, coisa que eu nem sabia que ainda existia, tenho que resumir textos, escrever crônicas, enfim, escrever, escrever, escrever...!
Porém estou com uma dificuldade incrível em escrever, tanto manuscrito, como digitado. O problema é que, há muitos anos atrás, ainda na década de 80, quando eu fazia o curso de Magistério, aprendi a abreviar algumas palavras para facilitar a vida, escrevendo mais rápido, porque tinha muita matéria. Achei ótimo, tinha uma prática incrível. Desde então criei este hábito. Meus cadernos, em todos os meus cursos posteriores, eram cheios destas abreviações.
Mas toda vez que eu tinha que fazer uma prova ou um trabalho encontrava problemas, pois demorava muito para escrever, tinha que tomar o cuidado para escrever tudo por extenso, pois eu já estava viciada. Até aí menos mal, até que apareceu o MSN. Aí é que a coisa ficou mais séria. Aprendi outros termos, diferentes daqueles. Achei sensacional, pois fui só acrescentando ao meu vocabulário.
Só que, o que por um lado facilitou, por outro dificultou. Acho bom abreviar o que estou fazendo só para mim, é um ganho de tempo, se estou numa aula ou numa palestra onde é necessário fazer anotações importantes, é um ótimo recurso. Mas para tratar com pessoas desta maneira eu mesma não aprovo. Sou meio careta, acho um pouco de desrespeito para com o leitor. Às vezes é um assunto formal, e lá vou eu refazer o que já estava pronto para enviar ou entregar.
Sou uma exímia digitadora, modéstia à parte. Sim, porque quando eu era adolescente fiz curso de datilografia em máquina manual. Naquele tempo tinha teste que contava o número de palavras ou letras, não lembro muito bem, datilografadas por minuto. Isso exigia muito treino. Depois apareceram as máquinas elétricas e só bem depois o computador. Faz tempo!!!
Mas quando o assunto é escrever corretamente, por extenso todas as palavras, de nada me adianta ser rápida na digitação. Para mim, algumas palavras já estão incutidas na minha mente de forma abreviada, e apesar de saber como se escreve, tenho dificuldades em tornar determinada palavra mais longa do que estou acostumada.
Estou fazendo o possível para mudar este hábito, tanto nos tarefas manuscritas, como na digitação. Nossa Língua Portuguesa deve ser preservada, com tantas reformas ortográficas que surgiram ao longo da nossa história, penso que é o momento de mudar e fazer o que é correto.
Essa tecnologia tem levado crianças que estão em fase de alfabetização a cometerem este erro. Mal aprenderam a grafia correta, já estão induzidas a escrever pela metade, cortando palavras.
Estou procurando fazer a minha parte, me corrigindo, ainda que eu retroceda um pouco na questão velocidade, mas será por uma boa causa.

2 comentários:

Rogério disse...

Agora entendi por que você observou, meio que assustada, que eu escrevia as palavras sem abreviatura. Nunca passei pelo sufoco de muita matéria e pouco tempo para escrever, talvez daí venha meu purismo. Interessante que só fui aprender realmente análise sintática na faculdade de letras, e o professor era francês. A gente tem esse hábito de negligenciar a própria língua, né? Também sou - ou já fui - exímio datilógrafo ou digitador. Por conta disso arrumei um bom emprego, onde permaneço até hoje (30 anos), porque na prova de datilografia, nos idos de 1979, cravei 200 toques por minuto, com apenas um erro. Na prova escrita fiquei na média, e a datilografia me botou pra dentro. Não conhecia esse método manual de solfejo. Qual a sua aplicação?

Rosy Veloso disse...

Olá Rogério, eu sempre precisei escrever muito. Estes recursos são úteis, mas não podem ser usados como se fossem regras.
Ah,você também é do tempo da datilografia...bons tempos..!
No sistema de manossolfa, alia-se sinais manuais aos sons, ou seja, a criança "lê" o sinal e transforma em som. É bem legal. Numa outra oportunidade te explico melhor. Um beijo

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