Um dos elementos apresentado na proposta de Kodály é a Manossolfa. A primeira pessoa a se
utilizar de sinais manuais para representar os sons musicais foi Guido
D’Arezzo, de acordo com suas funções dentro da escala, conhecido como Mão
Guidoneana. Porém estes sinais foram aperfeiçoados na Inglaterra por John
Curwen, os quais são utilizados por Kodály como instrumento do seu sistema de
ensino com algumas adaptações. “Para simplificar ainda mais a leitura das
partituras, Curwen introduziu o sistema dos signos manuais; dessa forma, a
exatidão por parte dos cantores foi ainda maior” (SZÖNYI, 1976, p. 24).
O uso da manossolfa facilita o aprendizado, pois torna o solfejo visualmente concreto, reforça a sensação intervalar, auxilia na visualização espacial da direção sonora (grave-agudo) e na relação entre as alturas. Os gestos são feitos em movimento vertical à frente do corpo, subindo ou descendo a mão, no sentido grave-agudo-agudo-grave. A duração das notas pode ser representada conforme a velocidade do movimento da mão. É possível utilizar as duas mãos, dividindo o grupo de alunos, fazendo a manossolfa a duas vozes (Cf. SILVA, 2012, P. 75).
Na
figura ao lado pode-se visualizar a sequência dos sinais realizados com as
mãos para a aprendizagem das alturas. O professor deve realizar o gesto com os
alunos e cantar junto com eles a altura correspondente, ou seja, solfejando.
Estes gestos devem ser ensinados gradativamente, conforme as notas trabalhadas
na melodia ensinada.
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